........................................
JOSÉ MARTÍ - Cuba / 1853 – 1895
"...LA UNIVERSIDAD EUROPEA
HA DE CEDER
A LA UNIVERSIDAD AMERICANA.
LA HISTORIA DE AMÉRICA,
DE LOS INCAS ACÁ,
HA DE ENSEÑARSE AL DEDILLO,
AUNQUE NO SE ENSEÑE
LA DE LOS ARCONTES DE GRECIA.
NUESTRA GRECIA ES PREFERIBLE
A LA GRECIA QUE NO ES NUESTRA.
NOS ES MÁS NECESARIA..."
HA DE CEDER
A LA UNIVERSIDAD AMERICANA.
LA HISTORIA DE AMÉRICA,
DE LOS INCAS ACÁ,
HA DE ENSEÑARSE AL DEDILLO,
AUNQUE NO SE ENSEÑE
LA DE LOS ARCONTES DE GRECIA.
NUESTRA GRECIA ES PREFERIBLE
A LA GRECIA QUE NO ES NUESTRA.
NOS ES MÁS NECESARIA..."
30/4/09
Sou um cometa - Soy un cometa / Hammelinn
Sou um cometa
.......que imóvel me dirijo
...........................até algum lugar
............por um espaço negro
..........sem palavras
Sou um ermitão
............Sem morada
.......................Que viajo
................................Pelo subconsciente
........................Da mente
..................................Com um maligno
............Pressentimento amistoso
....................................Que sonha nuvens
.............................Sonhos
........Necessidades urgentes
..............................De amores inconscientes.
Soy un cometa
..............que inmóvil me dirijo
.................................hasta algún lugar
.................por un espacio negro
.............sin palabras
Soy un ermitaño
................sin morada
...........................que viajo
....................................por el subconsciente
..........................de la mente
......................................con un maligno
................presentimiento amistoso
........................................que sueña nubes
..................................sueños
.............necesidades urgentes
..................................de amores inconscientes.
...........................................................30/04/09
Cabeza esdrújula / Hammelinn
...................................Para mi Maestra Nocturna
Diptongos alados
caminan
sobre mi ignorante
cabeza
esdrújula
ya no busco
las palabras agudas
tras dormitar
en el vacío
de la sonámbula
conciencia
bipolar-epiléptica
ya no reconozco
la libertad
desnuda que duerme
conmigo
todas las noches
y el monje
( ese demonio
equilátero
que me persigue)
sueña con...
articulaciones parlanes
obesos contornos
hipocritas
pasatiempos
ya no...
...........Duermo.
(29/04/09)
Libre espectro / Hammelinn
I
Libre espectro
que danzas
tras dejar...
pasos
manos
tenedores aterciopelados
viajes
elementos difusos
cometas ancianos
que descansan
II
Libre espectro
gobernante sideral
de mi existencia finita
danzas
tras dejar
sombras
caminos
cuchillos narcisistas
elementos confusos
conciertos paganos
que descansan
...............que danzan...
(24/04/09)
29/4/09
DOIS QUADROS / Patativa do Assaré / Brasil (1909 - 2002)
DOIS QUADROS
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terra do Sul.
De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.
A grama no campo não nasce, não cresce:
Outrora este campo tão verde e tão rico,
Agora é tão quente que até nos parece
Um forno queimando madeira de angico.
Na copa redonda de algum juazeiro
A aguda cigarra seu canto desata
E a linda araponga que chamam Ferreiro,
Martela o seu ferro por dentro da mata.
O dia desponta mostrando-se ingrato,
Um manto de cinza por cima da serra
E o sol do Nordeste nos mostra o retrato
De um bolo de sangue nascendo da terra.
Porém, quando chove, tudo é riso e festa,
O campo e a floresta prometem fartura,
Escutam-se as notas agudas e graves
Do canto das aves louvando a natura.
Alegre esvoaça e gargalha o jacu,
Apita o nambu e geme a juriti
E a brisa farfalha por entre as verduras,
Beijando os primores do meu Cariri.
De noite notamos as graças eternas
Nas lindas lanternas de mil vagalumes.
Na copa da mata os ramos embalam
E as flores exalam suaves perfumes.
Se o dia desponta, que doce harmonia!
A gente aprecia o mais belo compasso.
Além do balido das mansas ovelhas,
Enxames de abelhas zumbindo no espaço.
E o forte caboclo da sua palhoça,
No rumo da roça, de marcha apressada
Vai cheio de vida sorrindo, contente,
Lançar a semente na terra molhada.
Das mãos deste bravo caboclo roceiro
Fiel, prazenteiro, modesto e feliz,
É que o ouro branco sai para o processo
Fazer o progresso de nosso país
28/4/09
POR ALLÁ ESTARÁ EL MAR - ALÉM ESTARÁ O MAR / Idea Vilariño / Uruguay (1920 - 2009)
POR ALLÁ ESTARÁ EL MAR
Por allá estará el mar
el que voy a comprarme
que veré para siempre
que aullará llamará
extenderá las manos
se hará el manso el hermoso
el triste el olvidado
el azul el profundo
el eterno el eterno
mientras los días se vayan
la vida se me canse
el cuerpo se me acabe
las manos se me sequen
el amor se me olvide
frente a su luz
su amor
su belleza
su canto.
ALÉM ESTARÁ O MAR
Além estará o mar
que vou comprar para mim
que verei para sempre
que uivará chamará
estenderá as mãos
se fará manso formoso
triste esquecido
azul profundo
eterno eterno
enquanto os dias se vão
a vida se me canse
o corpo se me acabe
as mãos se me sequem
o amor se me esqueça
diante de sua luz
seu amor
sua beleza
seu canto.
VISÃO DE PIANOS DESCASCADOS CAINDO AOS PEDAÇOS / César Moro / Perú (1903 - 1956)
VISÃO DE PIANOS DESCASCADOS CAINDO AOS PEDAÇOS
O incesto representado por um senhor de levita
Recebe as felicitações do vento quente do incesto
Uma rosa fatigada suporta um cadáver de pássaro
Pássaro de chumbo onde tens o cesto de canto
E as provisões para tua criação de serpentes
Quando acabares de ficar morto serás uma bruxa bêbada
Um cabresto sobre o leito esperando um cavaleiro moribundo
das ilhas do Pacífico que navega numa tartaruga musical divina e cretina
Serás um mausoléu para as vítimas da peste ou um equilíbrio
passageiro entre os trens que se chocam
Nisso a praça se enche de fumaça e de palha e chove algodão
arroz água cebolas e vestígios de alta arqueologia
Uma frigideira dourada com um retrato de minha mãe
Oito quartos de papel manuscritos em alemão
Alguns dias da semana em cartão com o nariz azul
Pêlos de barba de diferentes presidentes da república do Peru
cravando-se como flechas de pedra na calçada e
produzindo um patriotismo violento nos doentes da bexiga
Serás um vulcão minúsculo mais belo que três cães sedentos
fazendo reverências e recomendações sobre a maneira
de fazer crescer o trigo em pianos fora de uso
26/4/09
El Gato - O Gato / Charles Baudelaire / Francia (1821-1867)
El Gato
Ven, mi bello gato, a mi corazón amoroso;
Recoge las uñas de tus patas,
Y deja que me hunda en tus bellos ojos,
Mezcla de metal y de ágata.
Cuando mis dedos acarician sin prisa
Tu cabeza y tu elástico lomo,
Y mi mano se embriaga con el placer
De palpar tu eléctrico cuerpo,
Veo a mi mujer con la imaginación. Su mirada,
Como la tuya, amable animal,
Profunda y fría, corta y hiere como un dardo,
Y de los pies a la cabeza,
Un aire sutil, un peligroso perfume
Flotan en torno a su cuerpo moreno.
O Gato
Charles Baudelaire
Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço;
Guarda essas garras devagar,
E nos teus belos olhos de ágata e aço
Deixa-me aos poucos mergulhar.
Quando meus dedos cobrem de carícias
Tua cabeça e dócil torso,
E minha mão se embriaga nas delícias
De afagar-te o elétrico dorso,
Em sonho a vejo. Seu olhar, profundo
Como o teu, amável felino,
Qual dardo dilacera e fere fundo,
E, dos pés a cabeça, um fino
Ar sutil, um perfume que envenena
Envolve-lhe a carne morena.
25/4/09
Invisíveis - Invisibles / Hammelinn / Uruguay
Prisioneiros
........do tempo
........caminhamos
..............Invisíveis
sobre visões passageiras
...................e a luz muda
..........................se acende
..................em sua escuridão
.........................Inconsciente
.......................Prisioneros
.....................del tiempo
...................caminamos
..................Invisibles
sobre visiones pasajeras
.............y la luz muda
..................se enciende
..................en tu oscuridad
..............................Inconsciente
A Jaula - La Jaula / Alejandra Pizarnik / Argentina (1936 -1972)
A JAULA
Lá fora faz sol.
Não é mais que um sol
mas os homens olham-no
e depois cantam.
Eu não sei do sol.
Sei a melodia do anjo
e o sermão quente
do último vento.
Sei gritar até a aurora
quando a morte pousa nua
em minha sombra.
Choro debaixo do meu nome.
Aceno lenços na noite
e barcos sedentos de realidade
dançam comigo.
Oculto cravos
para escarnecer meus sonhos enfermos.
Lá fora faz sol.
Eu me visto de cinzas.
(Tradução: Virna Teixeira)
LA JAULA
Afuera hay sol.
No es más que un sol
pero los hombres lo miran
y después cantan.
Yo no sé del sol.
Yo sé la melodía del ángel
y el sermón caliente
del último viento.
Sé gritar hasta el alba
cuando la muerte se posa desnuda
en mi sombra.
Yo lloro debajo de mi nombre.
Yo agito pañuelos en la noche y barcos sedientos de realidad
bailan conmigo.
Yo oculto clavos
para escarnecer a mis sueños enfermos.
Afuera hay sol.
Yo me visto de cenizas.
(Alejandra Pizarnik, de Las aventuras perdidas, 1958)
Frunzisuri - Hojarascas / Nichita Stănescu / Rumania (1933 -1983)
Frunzisuri
Se-apropie aniversarea frunzelor lovite de ploaie.
Amintirea intamplarilor mele
vine din viitor, nu din trecut.
Deci spun: se vor darama mari fringhii de ploaie
prin aerul umed care ne-a-nfasurat
inserarile.
Inima, inima, planeta misterioasa,
suflete, suflete, aer prin care se-apropie
imaginile tale tandre, putin fluturate
de respiratia mea.
Se-apropie aniversarea frunzelor lovite de ploaie,
aniversarea pietrelor de caldaram în care
potcoava lunii va izbi, când voi trece ridicat în sã
aniversarea bicicletelor rezemate de zid, aniversarea
numerelor de licean purtate la maneca,
aniversarea tuturor vorbelor care
tin în dintii literelor
dorintele, dragostea...
Inima, inima, planeta misterioasa
pe care mi-ar fi placut sã traiesc si sã mor.
Hojarascas
Se acerca el aniversario de las hojas golpeadas por la lluvia.
El recuerdo de los sucesos de mi vida
viene del futuro, no del pasado.
Digo pues: se descolgarán las largas
sogas de la lluvia a través del aire húmedo que envuelve
los atardeceres.
Corazón, corazón, misterioso planeta,
alma, alma, aire por el que se acercan
tiernas imágenes tuyas, casi inmóviles
ante mi respiración.
Se acerca el aniversario de las hojas golpeadas por el viento,
el aniversario de las piedras del camino en las que
se golpeará la herradura de la luna cuando pase a caballo,
el aniversario de las bicicletas recostadas sobre el muro,
el aniversario
de la insignia prendida al uniforme del liceo,
el aniversario de todas las palabras
cuyas letras mantienen firmes
el deseo y el amor...
Corazón, corazón, misterioso planeta,
en el que me habría gustado vivir y morir.
23/4/09
Canción para navegar / Li Po / China (701-762?)
Un barco de sándalo y remos de magnolia,
en ambas puntas se sientan "flautas de jade y pífanos de oro".
Bellas cantantes, incontables cascos de vino dulce,
oh, déjenme seguir las olas, dondequiera que me lleven.
Soy como el inmortal que se fue montado en la grulla amarilla,
sin meta vagabundeo siguiendo a las gaviotas blancas.
Las canciones de Chu-ping aún brillan como el sol y la luna.
De los palacios y torres de los reyes de Ch'u no quedan rastros en las montañas.
Con un solo golpe de mi pincel sacudo las cinco montañas,
El poema terminado, río, mi deleite es más vasto que el océano.
Si la fama y las riquezas pudieran durar para siempre,
El río Han fluiría hacia el Noroeste volviendo a su fuente.
XV / Shakîr Wa'el / Irán (1232-1260?)
A Noite - La Noche / Julio Herrera y Reissig / Uruguay (1875 -1910)
A NOITE
A noite na montanha olha com olhos viúvos
de cerva sem amparo que vela ante sua cria;
e como se assumissem um dom de profecia,
em um sonho inspirado falam os campos rudes.
Riscam o panorama, como espectros agudos,
três álamos em êxtase… Um galo alucina,
relógio de meia-noite. A grave lua amplia
as coisas, que se enchem de encantamentos mudos.
O lago azul de sonho, que nem uma sombra empana,
é como a consciência pura da montanha…
Ao pé da água límpida, que encrespa com seu alento,
Albino, o pastor louco, quer beijar a lua.
Vibra uma canção de ninar na horta sonâmbula…
Uivam aos diabos os cães do convento.
La Noche
La noche en la montaña mira con ojos viudos
de cierva sin amparo que vela ante su cría;
y como si asumiera un don de profecía,
en un sueño inspirado hablan los campos rudos.
Rayan el panorama, como espectros agudos,
tres álamos en éxtasis… Un gallo desvaría,
reloj de media noche. La grave luna amplía
las cosas, que se llenan de encantamientos mudos.
El lago azul de sueño, que ni una sombra empaña,
es como la conciencia pura de la montaña…
A ras del agua tersa, que riza con su aliento,
Albino, el pastor loco, quiere besar la luna.
En la huerta sonámbula vibra un canto de cuna. ..
Aúllan a los diablos los perros del convento.
21/4/09
ELEGIA / Javier Heraud / Perú (1942 -1963)
Tu quisiste descansar en tierra muerta y en olvido.
Creías poder vivir solo en el mar o en los montes.
Luego supiste que la vida es soledad entre los hombres y soledad entre los valles.
Que los dias que circulaban en tu pecho sólo eran muestras de dolor entre tu llanto.
Yo nunca me río de la muerte.
Simplemente sucede que no tengo miedo de morir entre pájaros y árboles. Yo no me río de la muerte.
Pero a veces tengo sed y pido un poco de vida, a veces tengo sed y pregunto diariamente, y como siempre sucede que no hallo respuestas sino una carcajada profunda y negra.
Ya lo dije, nunca suelo reir de la muerte, pero sí conozco su blanco rostro, su tétrica vestimenta.
Yo no me río de la muerte.
Sin embargo, conozco su blanca casa, conozco su blanca vestimenta, conozco su humedad y su silencio.
Claro está, la muerte no me ha visitado todavía y ustedes preguntarán:
¿Qué conoces? No conozco nada.
Es cierto también eso. Empero, sé que al llegar ella yo estaré esperando de pie o tal vez desayunando.
La miraré blandamente (no se vaya a asustar) y como jamás he reído de su túnica, la acompañaré solitario y solitario.
Éclair de gouffre - Relámpago de abismo / Jules Laforgue / Uruguay-Francia (1860-1887)
Éclair de gouffre
J'étais sur une tour au milieu des étoiles !
Soudain, coup de vertige. Un éclair où, sans voiles,
Je sondais grelottant d'effarement, de peur,
L'énigme du Cosmos dans toute sa stupeur !
Tout est-il seul ? Où suis-je ? Où va ce bloc qui roule
Et m'emporte ? - Et je puis mourir ! mourir, partir,
Sans rien savoir ! Parlez ! Ô rage, et le temps coule
Sans retour ! Arrêtez ! arrêtez ! et jouir ?
Car j'ignore tout, moi ! Mon heure est là peut-être:
Je ne sais pas ! J'étais dans la nuit, puis je nais.
Pourquoi ? D'où l'univers ? Où va-t-il ? Car le prêtre
N'est qu'un homme. On ne sait rien ! Montre-toi, parais,
Dieu, témoin éternel ! Parle, pourquoi la vie ?
Tout se tait ! Oh ! l'espace est sans cœur ! Un moment !
Astres ! Je ne veux pas mourir ! J'ai du génie !
Ah ! redevenir rien irrévocablement !
Relámpago de abismo
Me hallaba en una torre en medio de los astros.
Un vértigo, de pronto. ¡En un rayo, sin velos,
Escrutaba, temblando de pánico, de espanto,
El enigma del Cosmos en todo su estupor!
¿Todo está solo? ¿Dónde estoy? ¿A dónde rueda
El bloque que me arrastra? ¡Puedo morir, partir,
Sin saber nada! ¡Hablad! ¡Oh rabia, el tiempo vuela
Sin vuelta atrás! ¡Parad, parad! ¿Y disfrutar?
¡Pues que todo lo ignoro! Llegó mi hora tal vez:
No sé. Yo me encontraba en la noche, y nací.
¿Por qué? ¿Y el universo? ¿A dónde -va? Que el cura
Es sólo un hombre. Nada sabemos. ¡Dios, asómate,
Testigo eterno, muéstrate! Habla, ¿por qué la vida?
Todo calla. El espacio no tiene alma. ¡Esperad!
¡No quiero morir, astros! ¡Soy una inteligencia!
¡Ah, volver a ser nada irremediablemente!
The Little Vagabond - El Pequeño Vagabundo / William Blake / Inglaterra (1757 -1827)
The Little Vagabond
Dear mother, dear mother, the church is cold,
But the ale-house is healthy and pleasant and warm;
Besides I can tell where I am used well,
Such usage in Heaven will never do well.
But if at the church they would give us some ale,
And a pleasant fire our souls to regale,
We'd sing and we'd pray all the live-long day,
Nor ever once wish from the church to stray.
Then the parson might preach, and drink, and sing,
And we'd be as happy as birds in the spring;
And modest Dame Lurch, who is always at church,
Would not have bandy children, nor fasting, nor birch.
And God, like a father rejoicing to see
His children as pleasant and happy as he,
Would have no more quarrel with the Devil or the barrel,
But kiss him, and give him both drink and apparel.
El Pequeño Vagabundo
Madre amada, madre amada, la iglesia está yerta,
& la taberna es grata, placentera & tibia.
Puedo decir, por otra parte, dónde me tratan bien,
aunque tal trato nunca será bien visto por el cielo.
Si en la iglesia nos diesen un poco de cerveza
& un fuego grato para entibiar nuestras almas
cantaríamos & rezaríamos el día entero.
Nunca querríamos alejarnos de la iglesia.
Así el párroco podría predicar, beber & cantar.
Todos nos sentiríamos dichosos como pájaros en primavera
& la modesta dama contrahecha, que siempre está en la iglesia,
no tendría hijos patizambos ni repartiría ayunos & latigazos.
& Dios, como un padre, se regocijaría al ver
a sus hijos tan apreciables & dichosos como Él.
Ya no reñiría con el diablo,
sino que le besaría, dándole bebida & vestido.
Caminante de ultramar / Hammelinn / Uruguay (n. 1979)
Aquí estoy
Pasajero de ultramar
Pidiendo limosnas
a las ballenas olvidadas
El canto de los delfines ya no oigo.
Aquí estoy
Caminante de ultramar
Pidiendo sueños prestados
a mis recuerdos pasados.
(El ladrón conquistó mi corazón
cuando el dolor robó)
Aquí estoy
Pasajero de ultramar
Esperando verte
Algún día
A mi lado.
20/4/09
O MÊS PRESENTE / Mário Faustino / Brasil (1930 -1962)
Sinto que o mês presente se assassina,
As aves atuais nascem mudas
E o tempo na verdade tem domínio
Sobre homens nus ao sul de luas curvas.
Sinto que o mês presente me assassina,
Corro despido atrás de cristo preso,
Cavalheiro gentil que me abomina
E atrai-me ao despudor da luz esquerda
Ao beco de agonia onde me espreita
A morte espacial que me ilumina.
Sinto que o mês presente me assassina
E o temporal ladrão rouba-me as fêmeas
De apóstolos marujos que me arrastam
Ao longo da corrente onde blasfemas
Gaivotas provam peixes de milagre.
Sinto que o mês presente me assassina,
Há luto nas rosáceas desta aurora,
Há sinos de ironia em cada hora
(Na libra escorpiões pesam-me a sina)
Há panos de imprimir a dura face
A força do suor de sangue e chaga.
Sinto que o mês presente me assassina,
Os derradeiros astros nascem tortos
E o tempo na verdade tem domínio
Sobre o morto que enterra os próprios mortos.
O tempo na verdade tem domínio.
Amen, amen vos digo, tem domínio.
E ri do que desfere verbos, dardos
De falso eterno que retornam para
Assassinar-nos num mês assassino.
La casa de la nube eterna / Hammelinn
La casa de la nube eterna nunca parará de asustar
las personas afuera, esperan, esperan algo nuevo
el miedo, la soledad, están atrapados allí
solo dos colores encontramos en la casa,(uno es el negro)
están armados y quieren entrar,
las puertas están envejecidas
la nube crece enojada, furiosa por los acechadores
el anciano dueño, duerme tranquilo y ebrio
la anciana está despierta y aprontando su trabuco
la gente se amontona como hambrientos queriendo pan
más armas, más furia, más oscuridad
la presión crece, quieren entrar y masacrar
la loma esta perseguida por lobos sueltos,
quietos, escondidos
la vigilancia se confunde con ruidos diferentes a los comunes
el anciano ebrio muere de un paro cardiaco
la anciana llora y pide perdón a dios,
es culpable de lo ocurrido
abre la puerta donde moran los campesinos
y muere sin palabra
la casa es invadida,
buscan el alma del viejo y la guardan en una caja
pero a su regreso, queriendo salir de la casa,
no logran hacerlo, ella quiere matarlos,
afuera hay personas vivas, pero cobardes
la oscuridad se apodera de la casa
una leve brisa de olor sofocante,
empieza a matar a los invasores
gritan enloquecidos, corriendo en círculos,
golpeando la puerta cerrada
están en una esfera de muerte y percepción
la lujuria y la maldición cayeron sobre ellos,
sabían que morirían y lo hicieron...
El cementerio trabajo más de lo normal,
tenia muchas personas para enterrar
la casa vacía y oscura esta desabitada,
buscando un dueño para aniquilar
En Europa, (Hungría), por los valles del bosque Trifón
ocurrió esta narración, metamorfoseada por el autor,
para el suspenso, pero la casa allí esta.
Ese año (1895) murieron más de 132 personas que entraron,
(nunca se supo la causa de tantas muertes),
y en un espacio de tiempo tan corto.
Hammelinn 1996
19/4/09
La noche en la isla / Pablo Neruda / Chile (1904 -1973)
Toda la noche he dormido contigo
junto al mar, en la isla.
Salvaje y dulce eras entre el placer y el sueño,
entre el fuego y el agua.
Tal vez muy tarde
nuestros sueños se unieron
en lo alto o en el fondo,
arriba como ramas que un mismo viento mueve,
abajo como rojas raíces que se tocan.
Tal vez tu sueño
se separó del mío
y por el mar oscuro
me buscaba
como antes
cuando aún no existías,
cuando sin divisarte
navegué por tu lado,
y tus ojos buscaban
lo que ahora
—pan, vino, amor y cólera—
te doy a manos llenas
porque tú eres la copa
que esperaba los dones de mi vida.
He dormido contigo
toda la noche mientras
la oscura tierra gira
con vivos y con muertos,
y al despertar de pronto
en medio de la sombra
mi brazo rodeaba tu cintura.
Ni la noche, ni el sueño
pudieron separarnos.
He dormido contigo
y al despertar tu boca
salida de tu sueño
me dio el sabor de tierra,
de agua marina, de algas,
del fondo de tu vida,
y recibí tu beso
mojado por la aurora
como si me llegara
del mar que nos rodea.
http://www.last.fm/music/Jean-Baptiste+Lully/_/Marche+pour+la+Veremonie+des+Turcs?autostart
Suscribirse a:
Entradas (Atom)